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Livre para voar


Gosto de comparar este momento (andar de bicicleta sem rodinhas pela primeira vez) à uma borboleta saindo do casulo, abrindo as asas e se lançando no ar pronta para alçar voo.
Me lembro de minha primeira vez na bicicleta sem rodinhas, a sensação de insegurança, o medo de me machucar, a adrenalina fazendo com que minhas veias pulsassem numa velocidade descomunal.Naquele momento não existia o mundo ao meu redor, e depois de inúmeras tentativas frustadas consegui dar minhas primeiras pedaladas desajeitadas.
Com a Cissa não foi diferente, mas com ela pude incluir o incentivo, confiança e aquele famoso empurrãozinho no selim - suporte que não recebi dos meus pais - e que, na minha humilde opinião, fizeram toda a diferença.
Foi como no dia em que a deixei ir ao mercadinho do bairro sozinha; eu estava na esquina espiando, mas para ela foi o maior empoderamento de liberdade e independência que uma criança de 5 anos pode ter.
Libertar não é negligenciar, nem ser a pior mãe do mundo.Libertar é conhecer tão bem a cria a ponto de sentir que está pronta para viver tal experiência.

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